quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Preservação dos fosseis


  A preservação dos fosseis são resultados de um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam em um ambiente deposicional. Os organismos que possuem partes biomineralizadas por carbonatos, silicatos, fosfatos ou constituídas por materiais orgânicos resistentes, como a quitina e a celulose, em suma, organismos com partes duras tendem a se fossilizar mais facilmente, porem, ocorrem muitas preservações de partes moles no registro geológico.

  No ciclo natural da vida, os organismos apos a morte, tem suas partes moles entrando em processo de decomposição devido a ação de bactérias e suas partes duras ficam sujeitas as condições ambientais, resultando em sua decomposição. O processo de fossilização é a exceção a esta regra, sendo visto como um fenômeno excepcional. Apenas uma percentagem minima de todas as especies que já habitaram o planeta durante sua historia, foram preservados nas rochas. Devido a ser um evento raro, muitos organismos não deixaram vestígios de sua existência, causando vários hiatos no registro paleontológicos.

  A ausência de decomposição bacteriológica por ausência de oxigênio, a composição química e estrutural do esqueleto, o soterramento rápido, são alguns dos fatores que determinara o processo de fossilização.

  Mesmo se o organismo conseguir se fossilizar, ele não esta isento de perigo, agentes erosivos, eventos tectônicos, vulcanismo e metamorfismo, podem causar a destruição do fóssil. 

  Os componentes químicos principais que facilitam a focalização são a hidroxiapatita (mineral encontrado em nossos ossos), a sílica, a calcita e biopolímeros como a lignina, a quitina, a celulose e a esporopolenina.


O tempo geologico


Nicolau Steno foi um medico e naturalista dinamarquês responsável pela criação dos três princípios da geologia de processos e eventos.

  Principio da Superposição das camadas: Estabelece que numa sequencia de estratos, cada camada depositada sobre a outra é mais nova.
  Principio da Horizontalidade original: indica que as camadas sedimentares são depositadas geralmente de forma horizontal. Uma sequencia dobrada ou muito inclinada deve ter sofrido esforços tectônicos.
  Principio da Continuidade lateral: define que um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda sua extensão. 
  


  As Bacias Sedimentares são "pacotes" de rochas sedimentares acumuladas, esses locais estão constantemente recebendo depósitos de sedimentos. Para datar as camadas de rochas utiliza-se de dois métodos; datação absoluta ou datação relativa.

  Datação absoluta: através da utilização de isotopos instáveis ou radioativos. Esses isotopos passam por um processo chamado decaimento ou desintegração nuclear, que faz com que modifiquem seu núcleo, através da liberação de prótons e nêutrons. Durante esse processo o numero atômico muda, modificando o elemento químico. Em suma, funciona da seguinte forma: O calculo é feito pela proporção do elemento "pai" e do elemento "filho"; no momento em que a rocha foi formada ela é composta de 100% do elemento pai, a meia-vida é o tempo que leva para que metade do isotopo se desintegre e forme outro elemento, ficando, 50% de elemento pai e 50% de elemento filho, esse tempo que decorreu é usado para calcular a idade aproximada da rocha

  Datação relativa: Realiza uma comparação entre fosseis semelhantes de colunas estratigraficas diferentes, com pelo menos uma das camadas tendo sido datadas por métodos radiométricos.

  Éons (do grego aion, força vital) são a maior subdivisão da escala do tempo geológico, representando grande etapas de desenvolvimento do planeta. As grandes mudanças fisicas e biológicas que o planeta sofreu, ordenaram sua historia em quatro Éons: Hadeano, Arqueano, Proterozoico e Fanerozoico. Mudanças de menores magnitudes proporcionaram a subdivisão dos Éons em Eras, geralmente são delimitadas por grandes mudanças ambientais e extinções, Períodos, Épocas e Andares.      

     



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Cladograma


  Um cladograma (imagem acima) é um diagrama que representa as relações filogenéticas entre clados, que é a denominação que recebem os táxons monofiléticos, ou seja, grupos que incluem todos os descendentes de um único ancestral.

  Outro conceito bastante usado é o de grupo-irmão, que corresponde ao grupo monofilético mais próximo de um determinado táxon, levando em consideração o aspecto filogenético. Em uma serie de mudanças, um carácter vai sendo progressivamente modificado, passando de uma condição primitiva para uma derivada. A plesiomorfia é um estado primitivo de um carácter, em uma serie de transformação; a apomorfia é o estado derivado desse carácter. Quando uma plesiomorfia é compartilhada por um conjunto de especies temos uma simplesiomorfia; o mesmo ocorre com a apomorfia, sendo denominada como sinapomorfia. Um táxon monofilético deve, obrigatoriamente possuir uma sinapomorfia.

  Na imagem acima vemos, que o homem e os chimpanzé formão um grupo-irmão, ambos formam um clado, uma vez que estes são todos os descendentes de um único ancestral comum, evidenciado pela junção das retas que saem de U (ancestral comum).



Porque a imagem abaixo esta errada?


          Um fato é que nenhuma especie atual descende de outra especie atual; a pergunta "como o homem pode descender do macaco se ainda existe macaco?" sempre foi o ponto de partida de algumas pessoas que não acreditam na evolução, justamente pelo homem não descender de um chimpanzé, mas sim, de um ancestral em comum.


  Rascunho da arvore da vida feito por Darwin, antes da publicaçao de a origem das especies

                                                      Arvore da vide de Haeckel (1866)
  A arvore da vida parte da ideia de que a biodiversidade como nos à conhecemos, iniciou-se em uma origem só; cada galho representa uma linhagem evolutiva, a extremidade de cada galho é onde localiza-se as especies atuais, as linhagem próximas são representados por galhos próximos, o no em comum em galhos próximos representam o momento em que viveu o ancestral em comum. A data do primeiro aparecimento da vida na terra permanece discutível; a evidencia mais antiga consiste em traços de fosseis de 3,8 bilhões de anos atrás. Atualmente a arvore da vida é dividida em três domínios: Eubactéria, Bactéria e Eucarya.